domingo, 4 de julho de 2010

A céu aberto - imagens da obra "O mergulho"

Geléia da Rocinha


O Mergulho

Acrílica sobre lona - 17 m X 2 m - 2010

Gradil


Autodidata, Geléia iniciou a sua carreira artística a partir de pintura de faixas e letreiros populares. Com um traço diferenciado e habilidade intuitiva para combinar cores, desenvolveu sua técnica utilizando materiais reciclados como suporte. Seus trabalhos se transformaram em capas de CD, cenários, editoriais de moda e murais. Participou de diversas exposições, coletivas e individuais, e sua obra tem sido registrada em publicações nacionais e estrangeiras.


Geléia cria pinceladas em camadas finas de tinta, que revelam, quando existentes, as imperfeições do suporte. Uma característica marcante de seu trabalho é o traço negro que reforça o desenho riscado inicialmente sobre a tela. A obra apresentada retrata, com o peculiar bom humor do artista, uma cena em que o mergulhador observa os personagens de um balneário imaginário.






A céu aberto - na Casa França-Brasil

A céu aberto


A exposição "A céu aberto", como o próprio nome sugere, foi concebida a partir da idéia de criar novas possibilidades de espaços expositivos para o exterior da Casa França-Brasil, em que os trabalhos pudessem interagir tanto com a arquitetura, quanto com o ambiente urbano que os rodeia. Uma vez definido este conceito, foi possível estabelecer quatro momentos dentro desta exposição coletiva, com obras adaptadas para as dimensões das respecti

vas áreas de ocupação, de artistas com trajetórias e formações distintas:

Leonilson, Paulo Vivacqua, Geléia da Rocinha e Smael.


A frase de Leonilson “Observar e dar chance à minha curiosidade”, encontrada em um de seus diários, ganhou uma versão digitalizada e é exibida pela primeira vez neste formato, ampliada em grande escala. Em sua última entrevista, o artista revela que seus trabalhos são fruto de uma curiosidade que o levaram a descobrir materiais e experimentar novas possibilidades de criação.


A instalação sonora de Vivacqua “Porto de aproximação” trata da memória do mar e oferece ao ouvinte um trabalho de síntese granular para o tratamento do som. Esta é a nomenclatura utilizada pelo artista, que regenera o som original com o auxílio de softwares de áudio. Assemblages formados por auto falantes, sustentados por pedestais, cobertas por papel alumínio e um manto plástico, sugerem um conjunto de espectros do que seria "o eco do

s tempos", em que o mar chegava até o pátio da Casa França-Brasil.


Com uma lona que cobre toda a superfície do gradil, Geléia da Rocinha cria um universo surrealista no qual seus personagens são ricamente coloridos por tinta acrílica. O artista inseriu em uma mesma cena banhistas, surfista, mergulhador e animais marinhos. “O mergulho” possui um exuberante repertório pictórico que atrai o olhar do observador por toda sua extensão, até que sua atenção seja retida por algum detalhe curioso.


Tendo como referência o trabalho que faz nas ruas da cidade, Smael criou o grafite “Pássaros no muro”. A linha negra traçada pela tinta spray dá forma aos desenhos, ao mesmo tempo em que os divide em áreas de cores variadas. Seu trabalho é concebido a partir de experiências pessoais, que inspiram a elaboração de personagens ora abstratos, ora figurativos.


“A céu aberto” reúne as obras destes artistas em torno da ocupação do espaço exterior da Casa França-Brasil. Esta proposta de convivência com a diversidade se estende ao espaço urbano quando este é invadido pela arte e vice-versa.



Marco Antonio Teobaldo

Curador


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

O Globo - Segundo Caderno

Hoje foi publicada uma linda matéria em O Globo (Segundo Caderno), sobre a entrega do Prêmio de Cultura do Estado do RJ, com destaque ao meu trabalho e ao do mestre Portinari na diversidade cultural fluminense.


quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Prêmio de Cultura do Estado do RJ - 2010

O Prêmio de Cultura do Estado do RJ - 2010, dedicado ao
dramaturgo Augusto Boal, que aconteceu ontem, dia 10
de fevereiro, no Teatro João Caetano, celebrou o caldeirão
cultural que temos em nosso estado.

De Villa-Lobos ao Funk carioca, de Fernanda Montenegro
à Mãe Meninazinha D'Oxum... tudo junto e misturado,
como foi dito várias vezes durante a noite.

Entre os premiados e homenageados, eu me senti honrado
em poder expor o meu trabalho nos cenários
deslumbrantes criados pelo amigo Gringo Cardia (salve ele!).




Entre Gringo Cardia e Marco Antonio Teobaldo.




Final do evento com o funk carioca e o Trenzinho Caipira de Villa-Lobos. Genial!