sexta-feira, 26 de outubro de 2007

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

domingo, 21 de outubro de 2007

Convite Exposição Manifesto Porco com Arte

Exposição que reuniu grandes nomes da cena cultural brasileira, no Centro Cultural Banco do Brasil - Rio de Janeiro, realizada no período de 21 de agosto a 16 de setembro de 2007. Todos os artistas convidados criaram suas obras utilizando o mesmo suporte: um cofre de cerâmica, em formato de porquinho. A obra do Geléia da Rocinha foi selecionada para ilustrar o convite do evento (reprodução ao lado).
Você pode assistir pelo acesso ao link abaixo, um depoimento sobre a participação do artista na exposição "Porco com Arte".

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Decolagem

Sua primeira exposição foi em 1999, na Livraria Dante, no Leblon. Depois de sua “estréia”, o pintor participou do projeto “Cenas Imaginárias”, sob direção do curador Felipe Taborda, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), com a criação do cartaz para a peça Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues. Por 3 anos consecutivos, Geléia foi convidado a participar do projeto A Imagem do Som, no Paço Imperial no qual traduziu em pintura as músicas “Olha Maria”, de Tom Jobim, “Cérebro Eletrônico” de Gilberto Gil e “Tesouros da Juventude”, de Lulu Santos. Participou do projeto Expo-étnica (temática afro-brasileira) realizado em maio de 2003, no Museu da Imagem e do Som, no Rio de Janeiro, onde apresentou 28 obras retratando todos os Orixás do candomblé. Geléia também realizou pinturas para cenografias de diversos shows, dentre eles, o inesquecível “Do Cóccix ao Pescoço”, de Elza Soares (foto). Em sua trajetória artística, assina desde o layout da banca de revistas da Praça General Osório, em Ipanema, ao painel da fachada do Teatro Baden Powel, em Copacabana. O pintor da Rocinha alçou vôo e viajou o mundo apresentando seu trabalho.

Omelete man

Em 1998, o artista gráfico e cenógrafo, Gringo Cardia mencionou para sua empregada Regina, moradora da Rocinha, que precisava de um pintor. Sem pensar duas vezes, ela falou sobre o trabalho de letrista de Geléia para o designer. Para os dois se conhecerem não demorou muito. “Quando encontrei com ele, pensei que fosse para fazer uma faixa, um cartaz ou um letreiro. Trabalhos que eu estava acostumado a fazer. Foi quando ele me disse que, através de um retrato de Carlinhos Brown, precisava de uma pintura para a capa de um CD. Eu tremi na base. Era muita responsabilidade e me deu um frio na barriga. Mas topei a parada e entre outras pessoas que participaram com seus desenhos, o meu foi escolhido e se tornou a capa do álbum Omelete Man” (foto), se recorda o pintor. Desde então, suas obras cobrem sucatas de lixo, chapas de eucatex e outros suportes inusitados escolhidos pelo artista.

O nascimento da pintura

Geléia aprendeu o ofício de “fazer letras” por acaso com o artista plástico Galvão Preto, que fazia o Salão Carioca de Arte. “Ele veio aqui na Rocinha dar uma oficina de pinturas em tecidos para crianças e eu acompanhei, gostei do que vi. Um dia eu fui lá por curiosidade, a sala estava vazia e ele disse que a oficina não era para adultos, mas como não tinha ninguém naquele momento eu era bem vindo. Tenho a maior vontade de rever esse cara, porque ele foi o fio condutor de tudo que sou hoje.” Foi a partir de então que ele passou a trabalhar como pintor letrista, fazendo faixas e cartazes para diversos estabelecimentos comerciais da comunidade.